Ok vamos começar.
Fazia muito tempo que eu queria fazer esse post pra vocês, mas tinha certeza que ia ficar enorme, então sempre me enrolava.
Também, há uns 2 meses ocorreram uns acontecimentos com o meu cabelo, estava fazendo um tratamento e tudo mais, e queria terminar pra contar tudo.
Gostaria muito de fazer em vídeo, mas ia ficar muito longo, certeza!
Então vamos lá.
Se você pensa que já mexeu demais no seu cabelo, vai mudar de opinião hoje. Meu cabelo é mesmo um guerreiro! Não estou careca por pura sorte! rs
Preparem-se para as surpresas, quem me conhece pelo blog já vai começar a chocar agora:
Tudo começou assim....
Meu cabelo é originalmente suuper tonhonhóin! Chei de cachinhos, mas diferente da maioria dos cabelos cacheados, é bem fino, nada forte.
Quando eu era criança era um dilema. Nem minha mãe nem minha irmã tem cabelos cacheados, ou seja, ninguém sabia arrumar o meu cabelo.
Jogando uns cremes daqui, uma escovadas mal sucedidas dali, assim eu vivia.
Quando era bem criança meu cabelo não me incomodava, era fofo, meigo, e criança em si não liga muito pro cabelo mesmo.
Eu sabia que meu cabelinho era diferente, nos dias de bad hair rolavam uns apelidos (tipo "Bombril", coisas meigas do tipo), mas eu não dava a mínima.
Quando comecei a entrar na adolescência aí o negócio começou a me incomodar.
Além, é claro, da constante necessidade em ser igual à galera, a dificuldade em arrumar o cabelo era um sofrimento diário. Só quem tem cabelo cacheado sabe. Essa primeira foto era o melhor dele, entuxado de cremes e se desse um vento já era!
Isso realmente me incomodava. Como vocês podem ver somava-se ao fato da minha miopia. Poxa, usar óculos e ter cabelo ruim eram problemas demais pra uma adolescente! rs
A solução? Prende o bicho! Eu viviiia de cabelos presos.
Minha maior felicidade foi quando cortei uma franjinha, até ali foi a mudança mais radical que eu consegui.
Alisava com uma escova e pra mim era tudo.
Aí eu finalmente comecei a aprender a arrumar meu cachinhos.
Muito ativador de cachos e presilhinhas.
Nessa época acho que era bem bonitinho.
O duro é que cabelo cacheado tem um dilema: não cresce! Não exatamente isso, mas custa, e como é
cacheado sempre parece mais curto do que é. Nunca tive cabelo comprido enquanto cacheado =/
Mas né, era fofo, meigo, tudo o que a gente não quer parecer aos 15 anos! rs Eu sempre pareci mais nova do que sou (hoje em dia é só lucro!), com os cabelinhos assim então!
Enfim, o fato é que eu não era feliz com meus cabelos.
Nessa época, com uns 16 anos eu comecei a pintar os cabelos. Primeiro só usava aqueles tonalizantes da Nutrisse, que só uniformizava o tom do cabelo, mas eu usava do mesmo tom que o meu já era (um castanho claro).
Aí comecei a entrar no vício da tinta. Pintava o cabelo de super preto! Lembro que eu usava o 2.0 da Koleston, aquele preto quase azul! Mas no cabelo cacheado fica lindo, e nessa época a tinta não danificou meu cabelo.
Então chegou ao Brasil o que eu entendo ser uma das invenções femininas mais revolucionárias, ao lado do anticoncepcional e do absorvente interno:
Aaaahhh, eu estava nas nuvens!
Cabelos lisinhos, soltinhos, sempre no lugar. Acordar de manhã de cabelo arrumado! Não podia ser melhor!
Se liga no que eu falei do cabelo cacheado parecer sempre curto, olha o comprimento dele alisado!
Gente, eu lembro que a minha prima foi em casa e fez chapinha no meu cabelo, aquelas que usava com o cabelo molhado, lembram? Fritaava o cabelo! rs
Fui realmente muito feliz, parecia mais velha, cabelinhos sempre no lugar, e o pretão aparecia ainda mais, era tudo o que eu queria.
Como muita gente teve essa fase, eu fazia chapinha toda vez que lava os cabelos, umas 3 ou 4 vezes por semana. Imagina o resultado disso por uns 2 anos!
O resultado foi que as pontas começaram a ficar detonadas e eu comecei a cortá-las.
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Atire a primeira pedra quem nunca pensou em ser loira! Pelo
menos no verão, depois daquele super bronze, você já desejou nem que fosse por
um minuto ser a nova loira do tchan é
linda, deixa ela entrar...
Foi com toda essa vontade loirística que minha irmã e eu
fomos juntas detonar fazer as primeiras luzes nos cabelos.
Pensa só, eu com meu 2.0 da Koleston e a minha irmã com um
super vermelho! Essa cabeleireira vai pro céu!
Com meia dúzia de mechinhas nos cabelos, mas nos sentindo as
paquitas da Xuxa (olha a nossa cara de felicidade!), continuamos com as luzes
por muitos e muitos anos.
Nessa época eu só fazia luzes mesmo, bem fininhas e
espalhadas, os danos nos cabelos eram mais nas pontas, que tinham que ser
cortadas periodicamente. Lembre-se que o combo secador + chapinha continuava!
Nessa época eu estava com 17 anos, em vésperas da formatura
do terceirão. Hora de que? Radicalizar o cabelo, claro.
Fui no salão e disse: “quero ficar loira”. Eu também já
peguei cada cabeleireira louca, porque de 2.0 preto pretíssimo, fui pra loiro
com mechas brancas em menos de um ano.
Esse foi o resultado. Comecei a usar tinta e fazer mechas em
maior quantidade. O resultado era bonito, mas super difícil de controlar o
amarelão, além da minha raiz castanha que aparecia em uma semana e do ressecamento nível sertão do nordeste.
Mas, e daí, agora sim eu era a Sheila Mello #sóquenão.
Como podem perceber, minha irmã sempre foi companheira pra
detonar cabelos!
Bom, aí entrei na roda das loiras. Só quem já começou a
clarear o cabelo sabe o quanto é difícil largar!
Mantive assim por uns bons anos. Ia intercalando tinturas,
luzes, algumas vezes até retocava em casa. O loiro varia muito, com o sol, com
os produtos que você usa, com cada coloração. Às vezes ele estava bem
branquinho, outras mais mel, etc.
ENTÃO..... Ocorreu o grande acontecimento que dividiu a humanidade
feminina em duas Eras: a Era Pré Escova Progressiva, e a Era da Escova
Progressiva!
Pra quem pensava que chapinha era o céu, progressiva era
inimaginável de tão bom.
A primeira escova que fiz, nos bons tempos do formol não
fiscalizado, ficou muito boa. Meu cabelo que era rebelde, todo cacheadinho e
não podia ver água, finalmente era um ser livre que podia viver desinibido na
praia, na piscina ou na chuva!
Lembro que um dia até fui pra balada de cabelos molhados!
Haha, só pra sentir o gostinho de vê-lo secar naturalmente todo bonitão no
lugar.
Era mesmo muito bom.
Assim segui a vida. Tinturas loiras e progressiva. Nessa
época, com uns 18 anos, cheguei a ter o cabelo bem platinado, tipo Ana Hickman
mesmo. Olhando assim dá até vontade de chegar até esse tom de novo!
Acredito que a progressiva ajudou muito, porque larguei a
chapinha, que com certeza causa mais danos.
Mas, como vocês podem ver, o coitado nunca passou do ombro.
Foi uma das épocas que mais curti o meu cabelo.
Mããsss, cabelo loiro é um vício, e como todo vício chega a
hora de “dar um tempo”, rs.
Isso foi logo depois que conheci o meu marido, em 2008 para
2009. Resolvi escurecer os cabelos, e comecei primeiro fazendo “luzes
invertidas” (nem sei se é esse o nome). Fiz mechas escuras, para “quebrar” o
loiro aos poucos. Nessa primeira vez que fiz ficou LINDO! Uma cor que nunca mais
consegui!
Uns meses depois disso teve um corte bem curtinho que eu fiz
e curti. Era repicado e ficava com as pontas viradinhas, nunca mais ficou igual
=/
Aguentei cerca de um ano com o cabelo assim, chegou a
crescer um bom pedaço de raiz. Mas o loiro gritava forte dentro de mim! Voltei
com as luzes. Essas fotos foram logo que eu casei, em 2010, com 20 anos.
Mas então, um ser de cabelos de Rapunzel apareceu na minha
vida, minha sogra. Ceis não tem noção o que é o cabelo dessa mulher! E ela me
convenceu a colocar aplique.
Morrí!
Dormir de Chanel e acordar com o cabelo na cintura! Cara, eu
tava me amando! Haha
Gostei muito do
aplique. A técnica que usei sempre foi a trançada, onde o cabelo é tecido no
seu, um negócio bem artesanal que demora horas, dói pra caramba e dura cerca de 2 meses. Gostei
muito dessa técnica e usei sempre aplique de cabelo natural, humano.
O aplique é um negócio de outro mundo, no meu caso então,
mais ainda. Porque o defeito dos cabelos finos e principalmente loiros são as
pontas danificadas, que ficam totalmente escondidas pelo aplique! Além disso o
cabelo que você compra sempre é incrível, sedoso, lisinho, tudo o que a gente
sempre sonhou, é praticamente uma peruca!
Usei por 2 anos e fui muito feliz!
Foi o que realizou meu sonho do cabelo comprido.
Penso em fazer um post falando só sobre o aplique, que
acham?
Minha ideia inicial era que o meu cabelo ia ficar ali,
escondidinho no aplique, e com isso ia ajudar a crescer.
Mas nada disso. Com
esse objetivo o alongamento não adianta nada. Meu cabelo tava sempre no mesmo
comprimento, cheguei a conclusão de que que não era só porque eu cortava
sempre, mas porque ele era muito fraco mesmo, e não conseguia crescer.
Eu já estava com isso em mente quando aconteceu o grande
acidente!
Vacilei e demorei muito pra ir fazer a manutenção (o negócio
do trançadinho), estava cerca de 3 meses quase. O que acontece: o cabelo comça
a crescer e descer o aplique junto, naquele espaço estre o aplique “amarrado”
no meu cabelo e o couro cabeludo, fez um nó horríiiivel, que eu só consegui
tirar cortando o aplique!
Entrei em choque! Demorou horas pra tirar, perdi muito
cabelo meu, não sei explicar exatamente o que aconteceu, se foi só falta de
cuidado ou se o meu cabelo já não estava mais aguentado o peso do aplique por
tanto tempo.
Como falei desde o começo, meu cabelo sempre foi super fino,
agravado com as luzes que faço há anos.
Nunca tive um cabelo forte, com ou sem
químicas.
Depois de tirado o alongamento, meu cabelo ficou muito
frágil, quando fui lavar caía mais fios ainda, eu entrei em desespero! Pra
vocês terem ideia, quando isso tudo aconteceu eu estava na casa da minha sogra
em Sorocaba. Fiquei com medo de lavar e entuxei
o cabelo de creme e fui pra casa (Valinhos, 80km) assim, só lavei depois de
umas 3 ou 4 horas.
Enfim, acontecido isso, foi um marco para eu criar coragem e
largar o alongamento.
O aplique é perfeito visualmente, mas na realidade eu estava
só escondendo o meu cabelo danificado que estava gritando por socorro há um bom
tempo.
Resolvi cuidar do coitado!
Nesses dias, que duraram cerca de 2 semanas até eu ir ao
dermatologista, percebi o quanto o meu cabelo é importante pra mim, o quanto
ele meche comigo, com o meu emocional mesmo. Quando vi aquele chumaço de cabelos que saíram com o
aplique, meu cabelo super fino, danificado, chorei muito, achei que pudesse ter
maiores quedas, fiquei bem mal mesmo.
Aí com aquele cabelinho mirrado,
eu me ví novamente prendendo os fios em coque para escondê-los. Foram dias de
muita reflexão, me senti o próprio Sansão sem suas forças. Sequer tenho fotos desses dias pra mostrar pra vocês, não tive coragem.
Quem acompanha o blog no Face, deve ter visto a foto que
postei por esses dias.
Resolvi levantar esse astral! Eu já estava um bom tempo sem
progressiva, então fiz uma mega hidratação, sentei na frente da penteadeira com
um pote de creme e fiz meus cachinhos da forma como me lembrava que fazia lá
pelos 14, 15 anos. Fiz aquela make poderosa que alegra até defunto, bati umas
fotos e me senti melhor.
“Ah vai, meu cabelo natural não era tão feio assim” Foi o
que eu pensei. Engraçado que me senti uma estelionatária revelando sua
identidade quando postei essa foto. Pouca gente me conhecia de cabelos
cacheados, pra vocês terem ideia foi a primeira vez que o meu marido me viu
assim!
Mantive assim por cerca de uma semana e fui à minha consulta
marcada com o dermato.
Contei a história toda e ela me passou um negócio para
tomar, que chama Pantogar, e uma
linha de produtos para usar, da Nutricerat.
Ambos farei resenhas em separado, senão a gente não sai daqui hoje!
Voltei pra casa bem feliz, arrombei a carteira com os
produtos (cerca de R$400 ao todo), e fui dar um corte nessa peruca despontada.
A vantagem em ser mulher é que a gente sempre curte uma
mudança no visual.
Fiz
o tratamento por 2 meses, voltei na dermato e ela recomendou
continuar por mais um mês. Enquanto estou tratando, ela pediu que eu não
fizesse nenhum tipo de química, especialmente as luzes.
Fiquei esperando o sinal verde dela, e semana passada fui finalmente fazer escova progressiva, que foi o que mais me fez falta!
Não foi fácil, com o cabelo curto então, fica bem
mais rebelde, e o meu cabelo é cacheado desde a raiz. Guentei firme até o fim!
Vou falar mais do tratamento em outro post, mas senti uma
melhora incrível! O cabelo está super forte até as pontas, cresceu
consideravelmente (nada absurdo, mas cresceu bem).
O que eu posso dizer com essa novela toda, é que a gente tem
que tomar cuidado com químicas sequenciais, principalmente com o descolorante
que é super agressivo. Falei que vou continuar com a progressiva porque sinto
que dá muito certo para o meu cabelo. Como disse, é muito melhor do que se
matar na escova e na chapinha, falo com o aval da dermato!
Mas, o mais importante, o que vale é você gostar do que
vê no espelho. Tem que saber o limite, claro, mas mudanças são tão gostosas e
fazem a gente se sentir tão bem. Vendo essa trajetória assim em fotos, posso
dizer que cada mudança capilar retratou uma fase da minha vida, e assim
continuará sendo, com certeza!
Ai gente, chega de falar! Se tiverem dúvidas, por favor,
deixem nos comentários!
Ah, e aquela
perguntinha que não pode faltar: Qual fase do meu cabelo você curtiu mais?